A história da anexação do Acre ao território brasileiro é um episódio marcante na formação geopolítica do Brasil. O Acre, originalmente, não fazia parte do Brasil, sendo uma região disputada e cobiçada por sua riqueza em seringueiras, árvores produtoras do látex necessário para a produção da borracha. No final do século XIX e início do século XX, a região do Acre foi palco de conflitos e negociações diplomáticas que culminaram em sua incorporação ao Brasil. Este processo envolveu disputas territoriais com países vizinhos, principalmente a Bolívia, e movimentos liderados por figuras históricas, como Plácido de Castro.
Quando o Acre foi anexado ao Brasil? A anexação do Acre ao Brasil foi oficializada no dia 17 de novembro de 1903, por meio do Tratado de Petrópolis. Esse acordo foi firmado entre o Brasil e a Bolívia, após uma série de conflitos conhecidos como a Revolução Acreana. O Brasil, sob a liderança do presidente Rodrigues Alves e com a diplomacia de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, concordou em pagar à Bolívia a quantia de dois milhões de libras esterlinas e ceder territórios no Mato Grosso. Além disso, comprometeu-se a construir a ferrovia Madeira-Mamoré para facilitar o transporte na região. O Acre foi inicialmente estabelecido como Território Federal e, posteriormente, em 1962, tornou-se um estado do Brasil. A anexação do Acre foi um marco na definição das fronteiras nacionais e no desenvolvimento econômico do país durante o ciclo da borracha.
A incorporação do Acre ao Brasil é um exemplo de como a diplomacia e os movimentos sociais podem alterar o mapa político de uma nação. Este acontecimento não apenas expandiu o território brasileiro, mas também influenciou a dinâmica socioeconômica da região amazônica, marcando definitivamente a identidade cultural e histórica do povo acreano.