Ao mesmo tempo em que o episódio pode ser considerado como inevitável, muitos acreditam que este seja um marco na era da tecnologia. O CEO da Apple, Steve Jobs, renunciou nesta quarta-feira (24) ao seu cargo. De licença médica desde janeiro, o que gerou muitas críticas com relação ao fato do nível de atuação de Jobs na empresa, o empresário finalmente admitiu que não está mais em condições de cumprir com as suas obrigações perante a Apple.
Para informar oficialmente os Diretores do Conselho de Administração da Apple, Jobs enviou uma carta à equipe da empresa explicando que “sempre disse que no dia em que não conseguisse cumprir com os meus deveres e responder às expectativas como CEO da Apple, seria o primeiro a dar-vos conhecimento disso. Infelizmente esse dia chegou.” No mesmo documento, Jobs deixa claro que tem a intenção de continuar na Apple como membro do Conselho e empregado da empresa. O agora ex-CEO afirma que, caso os diretores o aceitem, ele está à disposição para continuar na Apple.
Mesmo executivos de empresas concorrentes publicaram abertamente as suas opiniões sobre a capacidade de trabalho de Jobs e a sua importância com inovações tecnológicas dentro deste mercado. O co-fundador da Microsoft, Paul Allen, principal concorrente da Apple há anos, afirmou que Jobs é um “dos maiores inovadores de nossa indústria”.
Por mais que Jobs não tenha especificado qual o motivo para deixar a Apple, o empresário está agora em sua terceira licença médica desde 2004. A primeira foi concedida após ter sido diagnosticado um câncer de pâncreas, mas apenas a cirurgia foi suficiente para eliminar os tumores, sem a necessidade de quimioterapia.