O destino dos R$ 87 milhões que o São Paulo teve direito com a venda do meia-atacante Lucas para o Paris Saint-Germain-FRA já tem um destino: pagamento de dívidas. Com isso, ficará no caixa do clube “apenas” R$ 26 milhões que poderá ser usado para qualquer fim, desde a reforma no estádio do Morumbi ou então para a contratação de reforços. Com essa atitude, a direção do São Paulo vai liquidar boa parte dos empréstimos a longo prazo feito com instituições financeiras e deixar o clube mais flexível financeiramente. Assim, o São Paulo passará do 7º para o 11º lugar no ranking dos clubes com maiores dívidas e ficará apenas atrás do Cruzeiro na relação dos grandes clubes brasileiros endividados.
No começo de janeiro o Paris Saint Germain transferiu para o São Paulo os 43 milhões de Euros (cerca de R$ 117 milhões) pela contratação de Lucas. Como tinha direito, o clube repassou ao próprio jogador 25% desse valor, o que corresponde a 11 milhões de Euros (cerca de R$ 30 milhões) e ficou com o restante.
O departamento financeiro do São Paulo acredita que não haveria necessidade de manter em caixa os R$ 87 milhões recebidos. A maior parte do valor deveria ser utilizada para liquidar o ‘passivo não circulante’ das dívidas do clube. São três os principais empréstimos de capital de giro que serão quitados, ambos do banco BMG. Eles possuem os juros mais elevados e isso irá gerar uma enorme economia a longo prazo para o clube.