A cantora Rita Lee foi levada a delegacia de Aracaju (SE), Festival Verão Sergipe 2012, ao final do ultimo show de sua carreira detida pelos policiais. Aos 64 anos, a cantora precisou assinar um boletim de ocorrência.
Os problemas começaram durante o show, quando Rita Lee disse no palco que os membros de seu fã clube, que a acompanham nos shows por todo o Brasil foram agredidos pelos policiais no local. Antes ainda, ela havia dito que não queria a polícia em seu show, pois os fãs são legais e iriam penas “fumar um baseadinho”.
Porém a cantora ficou alterada quando os policiais formaram uma parede humana em frente dela embaixo do palco. Ela disse que não tinha medo dos policiais, pois já viveu e enfrentou a ditadura no Brasil, xingando alguns dos homens da PM.
No final da apresentação ela foi até a delegacia, onde um boletim de ocorrência foi registrado, pois a cantora teria infringido art. 287 do Código Penal por “desacato e apologia ao crime ou ao criminoso”. A polícia alega que não interrompeu o show porque seria uma insensatez, conforme explicou o tenente-coronel Adolfo Menezes.
Quem assinou o boletim de ocorrência como testemunha a favor de Rita Lee foi a vereadora e ex-senadora de Alagoas Heloisa Helena (PSOL). Ela chegou à delegacia antes de Rita. Ela explicou que Rita reagiu de forma emocionada à ação violenta e desnecessária dos policiais. Mais tarde Rita foi liberada. Tanto ela, quanto seu filho, Beto Lee usaram o Twitter para demonstram indignação contra a polícia.