Docentes do sistema público estadual de ensino baiano votaram em assembleia na última quarta-feira (25) a favor da greve, que iniciou no começo do mês. A greve continua mesmo depois da assembleia legislativa ter aprovado o um projeto concedendo o aumento de 22,22% a categoria no nível médio. Entretanto, o ajuste não foi concedido aos outros docentes.
A manifestação foi organizada porque, de acordo com o sindicato da categoria, Jaques Wagner (PT), o governado da Bahia, teria feito um acordo com os docentes, afirmando que o aumento beneficiaria a todos. Rui Oliveira, presidente da APLB Sindicato, explicou que nenhuma movimentação do governo ocorreu na tentativa de negociar o término da greve, além da tentativa de desocupar a AL.
Decisão
A votação recebeu 33 votos a favor e 19 votos contrários, além de duas abstenções. Foi votado o projeto que concede o reajuste e outro, que propões transformar os benefícios da categoria em subsídios. A resposta do sindicato é que esta ação acaba com as conquistas dos trabalhadores, sendo que no final, quem saiu prejudicado no processo, foram os trabalhadores.
O Tribunal de Justiça da Bahia decidiu ainda pela manutenção da 5ª Vara da Fazenda Pública, que classifica como abusiva a greve da categoria. A APLB encaminhou um pedido de liminar, que foi negado pelo desembargador Gesivaldo Brito, sustentando que a educação é serviço essencial, não podendo, desta forma, ser interrompido. Ainda hoje, os docentes deverão se reunir em assembleia onde realizarão o ato do enterro simbólico do governador baiano e dos deputados que foram favoráveis as novas leis.