Já está pronto o levantamento de como ficará a composição da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará a relação entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e funcionários públicos. Os dados foram repassados ao presidente da Casa e do Congresso Nacional, José Sarney (PMDB-AP) pela Secretaria-Geral da Mesa do Senado nesta quinta-feira. As indicações dos membros que vão compor as comissões do Senado serão divididas conforme os blocos de partidos de acordo com as informações repassadas pela Secretaria-Geral da Mesa.
Do bloco governista – PT, PCdoB, PSB, PDT e PRB – serão cinco indicados para ocuparem os postos de membros titulares. Ao bloco da maioria – PMDB – serão mais cinco indicados. Ao bloco da minoria – PSDB e DEM – são mais três vagas. O novo bloco, chamado de União e Força e que inclui os PR, PSC e PTB terá duas vagas na comissão. No total serão 15 vagas para o congresso sendo que pelo menos cinco são do PMDB por ocupar a maioria das cadeiras. Também será destinada uma vaga para os partidos que não fazem parte de nenhum bloco. É o caso, por exemplo, do PSOL, PP, PV e PSD.
PMDB diz que não abrirá mão das vagas destinadas ao partido
Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do PMDB no Senado, já disse que o partido usará todas as suas vagas e não oferecerá aos outros partidos. O PMDB possui 21 senadores e terá que distribuí-los em cinco vagas. Calheiros disse que o partido não terá dificuldades, pois a bancada é grande. O PSDB argumenta, no entanto, que por ter menos espaço, a minoria deve, pelo menos, ficar com a presidência ou a relatoria da CPMI. Calheiros, porém, já deixou claro que não abrirá mão daquilo que pertence ao seu partido. Segundo ele, é preciso seguir o regimento.