quarta-feira, abril 24, 2024
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Pesquisa indica que desigualdade no Brasil diminuiu expressivamente

No Brasil, a desigualdade social e econômica tem seguido considerável queda. É o que indica a pesquisa “De volta para o país do Futuro”, divulgada ontem, quarta-feira (7), pelo Centro de Política Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Além disso, os dados mostram que a tendência é que essa desigualdade siga diminuindo.

O Brasil está seguindo um modelo exatamente inverso ao da China, Índia e outros países europeus, que enfrentaram uma grave crise econômica no ano passado e vem sentindo ainda hoje em dia seus reflexos.

A diminuição da desigualdade brasileira tem crescido num ritmo três vezes maior ao da meta do milênio, elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo era reduzir a pobreza em 25 anos. Além deste declínio, a pesquisa também revela que a renda média por cada brasileiro aumentou 2,7% desde o ano de 2002.

“Estavam apostando que a queda de desigualdade daria uma parada, mas a verdade é que segue descendo”. O indicativo que mostra essa queda é o crescimento da classe C. No ano de 2014, essa população deve ser ao equivalente a 60% da população total, chegando ao número de 118 milhões de pessoas. Enquanto que em 2003, essa população somava apenas 65,8 milhões de pessoas.

Nova classe C

De acordo com a pesquisa, a nova classe C é agora mais sustentável e gera menos de dois filhos, em média. Se for comparar com a década de 60, o número médio de filhos por família era de seis crianças.

A pesquisa mostra que atualmente a classe C está mais preocupada com a instrução dos filhos e com a conquista do emprego formal. “No Nordeste há uma população gigantesca pronta para dar o salto da classe D para a C”, declarou o economista, que compara, por exemplo, o crescimento do Nordeste com o Sudeste. No período entre os anos de 2003 a 2011, o Sudeste cresceu apenas 16%, muito abaixo se comparado com o Nordeste, que registrou crescimento de 42%.

Neste mesmo período, entre os anos de 2003 a 2011, cerca de 40 bilhões de pessoas no Brasil todo saíram da classe D e E, conseguindo integrar a classe C. Este número representa quase a população da Espanha.

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