sábado, abril 20, 2024
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País tem número recorde de aquisições e fusões em 2011

O Brasil teve, em 2011, recorde de anúncios de fusões e aquisições. Os números apontam para 179 transações com valores acima de R$ 20 milhões, superando em 25% os dados de 2010. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), somente 2007 teve o maior resultado antes deste, quando apresentou 148 operações.

Segundo Bruno Amaral, coordenador do subcomitê de fusões e aquisições da Anbima, este foi um ano muito positivo para o mercado, o que demonstra confiança dos investidores no país. Mas mesmo com o alto número de operações, o volume de dinheiro caiu 22,7% quando comparado com 2010. Em 2011, os 179 anúncios representaram R$ 142,8 bilhões.

A Anbima é responsável por receber os agentes financeiros e realizar o balanço. As fusões são caracterizadas pela união de duas ou mais empresas para a criação de outra nova. Já aquisição é a compra de ações de uma determinada companhia.

Transações entre sociedades brasileiras é destaque do ano

O destaque de 2011 ficou por conta da demanda das empresas brasileiras por companhias da mesma nacionalidade. Dentro dos R$ 142,8 bilhões anunciados nas 179 transações, R$ 63,2 bilhões é resultado de transações entre empresas brasileiras. Esse valor representa um crescimento de 59,1% ante 2010. Em quantidade de operações, foram 94 em 2011 contra 62 em 2010. A operação que mais se destacou foi a reestruturação societária da Telemar Participações que controla a Oi, na área de telecomunicações, com valor de R$ 20,8 bilhões.

Depois das aquisições entre empresas de mesma nacionalidade, se destacam as aquisições de sociedades brasileiras por estrangeiras. A soma dessas transações chegou a R$ 37 bilhões, representando uma queda de 34,9% em relação a 2010.

Aqui o destaque é para a compra das ações da Aleadri (que controla a Schincariol) pela empresa japonesa Kirin. Essa operação foi de R$ 4,7 bilhões e garantiu a Kirin o controle de 50,45% da marca brasileira de bebida.

Para 2012 Amaral não apresenta previsões, mas está confiante com a elevação dos números. Segundo ele, os países da América Latina deverão participar mais do mercado de fusões e aquisições em 2012. Exemplo disso é a operação de R$ 5,8 bilhões na compra de ações da Usiminas por parte da empresa argentina Ternium.

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