Mesmo tendo mensagens indicando relação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, ele se diz indignado com a situação. As investigações da Polícia Federal aponta que Padilha fez indicação do executivo para laboratório de lavagem de dinheiro.
Nas mensagens o doleiro cita o nome do ex-ministro. Apesar disso, Padilha repudia as falas por telefone entre o deputado André Vargas (PT-PR) e o réu da operação Lava Jato. Padilha fez visitas recentes a cidades do estado de São Paulo onde mostrou sua fúria com a situação. Ele é um potencial candidato nas eleições de 2014 a ser governador de São Paulo.
Desde março, Youssef está preso por encabeçar o esquema criminoso de lavagem de dinheiro. Ele foi acusado de ser líder de uma quadrilha que desviou em torno de R$ 10 bilhões. Padilha aproveitei sua passagem pela cidade de Pirajuí, em São Paulo, para tentar convencer a população de que não tem nenhum tipo de envolvimento com o caso.
As investigações da Polícia Federal levaram em conta 270 mensagens de telefone trocadas entre André Vargas e Youssef no período de 19 de setembro de 2013 e 12 de março de 2014. Uma dessas mensagens, existe a pronunciação do nome de Padilha. Nessa mensagem, André Vargas comenta com Youssef sobre a indicação de Padilha de um executivo para o laboratório Labogen. A empresa era usada para o esquema de lavagem de dinheiro.
O relatório da Polícia Federal mostra que há o envolvimento do ex-coordenador de promoção de eventos da assessoria de comunicação do Ministério da Saúde, que é Marcuz Cezar Ferreira de Moura.
A Comissão de Fiscalização e Controle elaborou um requerimento para que Alexandre Padilha preste esclarecimentos sobre o envolvimento com o doleiro Alberto Youssef. O pedido deve ser protocolado, de acordo com Rubens Bueno (PR), que é líder do PPS na Câmara dos Deputados.