Ministério Público é contra habeas corpus para Elize Matsunaga

O advogado de Elize Matsunaga, Luciano de Freitas Santoro, entrou com um pedido de habeas corpus a favor da sua cliente. No entanto, o Ministério Público Estadual foi conta o pedido. Elize está sendo acusado de ter matado, decapitado e esquartejado o marido após descobrir uma traição. Marcos Kitano Yoki Matsunaga, de 42 anos, era executivo da empresa de alimentos Yoki.

O advogado de Elize diz que ela poderia responder o processo em liberdade já que confessou ter praticado o crime, ser ré primária e ter colaborado com as investigações para que o caso fosse esclarecido.

No entanto, Antônio Calil Filho, que é procurador da Justiça, acredita que Elize já demonstrou em sua conduta que é uma pessoa perigosa que corre o risco de cometer novos crimes caso ganhe a liberdade enquanto seu processo não é julgado.

O procurador acredita que Elize tentará fugir caso ganhe a liberdade por meio do habeas corpus. Por conta disso, para ele já a necessidade de se manter a acusada presa para que a futura punição para Elize seja eficaz, já que a impunidade ofende a ordem pública. A decisão se Elize ganhará ou não o habeas corpus está a cargo do Tribunal de Justiça.

O caso

Elize confessou ter matado o marido depois de uma discussão que os dois tiveram no apartamento da família em São Paulo. O motivo da briga entre os dois teria sido a descoberta de um caso que Marcos estava mantendo com uma amante. Elize diz que o marido a agrediu e que por isso atirou nele e esquartejou o corpo. Os pedaços do corpo de Marcos foram abandonados por Elize em um terreno em uma cidade da região metropolitana de São Paulo. De acordo com o laudo feito por especialistas, Elize teria decapitado Marcos enquanto ele ainda estava vivo.