sexta-feira, abril 19, 2024
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Membrana artificial pode substituir o marca-passo e ainda prevenir ataques cardíacos e arritmias

Membrana artificial pode prevenir ataques cardíacos e arritmiasCientistas americanos criaram uma membrana eletrônica que substitui o marca-passo, envolvendo o coração como uma luva e mantendo o ritmo regular dos batimentos cardíacos por tempo indeterminado. O projeto foi desenvolvido por pesquisadores das universidades de Illinois e de Washington.

Este novo dispositivo funciona como uma de teia de sensores e eletrodos que, além de monitorar constantemente a atividade cardíaca, ainda consegue manter o ritmo de batimento por meio de pequenos choques elétricos. Para o desenvolvimento, foi utilizada tecnologia modelar , além de uma impressora 3D.

Os testes da membrana foram realizados em um coração de coelho, mantido em perfeita operação fora do corpo do animal. Foi utilizada ainda, nos testes, uma solução rica em oxigênio e nutrientes. Os resultados da pesquisa foram divulgados no jornal digital Nature Communications, especializado em temas sobre biologia, física e química.

A membrana será produzida sob medida para quem for receber a aplicação, ao contrário do marca-passo comum ou outra tecnologia desfibriladora. Com isso, o encaixe será perfeito sobre o coração. Outra funcionalidade será a possibilidade de aplicar terapia de alta definição e estímulos elétricos para prevenir casos de ataque cardíaco ou uma arritmia, segundo os desenvolvedores.

Inovação e base para novos estudos

Pelo novo sistema, com o uso da luva eletrônica, os sensores e eletrodos permanecem em contato direto com o coração. Ele utiliza a eletrônica elástica, que foi desenvolvida especialmente para o projeto na própria Universidade de Illinois. Os materiais utilizados são basicamente os mesmos da eletrônica comum, mas os circuitos foram desenhados em “S”, possibilitando que eles estiquem e dobrem sem quebrar.

A membrana está sendo chamada de “pericárdio artificial”, e consegue interagir com o coração de diversas formas relevantes para a cardiologia clínica, de acordo com um dos desenvolvedores do projeto. O aparelho ainda não está pronto para aplicação na medicina humana, mas já serve como base de investigação para se entender as alterações no ritmo cardíaco.

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