As denúncias contra o ministro do Turismo Pedro Novais, 81, acusado de pagar sua governanta particular por sete anos com dinheiro da Câmara e de disponibilizar um servidor público como motorista particular da sua mulher, levou o Palácio do Planalto a esperar que ele peça sua própria demissão. Com isso, a presidente Dilma Housseff não teria que passar pela situação de demitir mais um representante do PMDB durante sua gestão.
O líder do PMDB da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), deve participar de uma reunião com Novais para acertar os termos da sua demissão. De acordo com informações, o Planato estaria esperando o pedido de demissão ainda nesta quarta-feira (14). A bancada do PMDB realizou uma reunião na manhã de quarta-feira e, depois do encontro, Alves afirmou que “o PMDB vai apoiar a decisão de Novais, qualquer que seja ela, para que ele se sinta confortável”.
Antes da revelação a respeito da governanta e do motorista, Novais já havia sido acusado há nove meses de ter custeado despesas em um mótel com verba da Câmara. Além disso, o próprio Ministério do Turismo esteve envolvido em um escândalo de corrupção, o qual levou à demissão de quase toda a cúpula.
A presidente afirmou que pretende conversar com Novais ainda nesta quarta-feira. A indicação de Novais ao Ministério foi colocada pelo líder do PMDB na Câmara e só foi aceita por ter sido feita pelo nome mais influente da base aliada. Caso Novais seja realmente demitido, este será o quarto caso de exoneração por motivos vinculados a suspeita de irregularidades.