A ANJ, Associação Nacional de Jornais, responsável pelo agrupamento de 90% das publicações diárias do Brasil, tomou na última sexta feira (19) a decisão de se retirar do serviço Google News, além de proibir o buscador de exibir nos resultados notícias de seus associados.
A decisão da ANJ foi apoiada pelos 154 membros, já que o Google tem se recusado a pagar aos jornais pelo uso de suas informações, isso, de acordo com o que Carlos Fernando Linderberg Neto, diretor da associação, afirmou em uma entrevista para o Instituto Knight Center para o Jornalismo das Américas, da Universidade do Texas. A instituição é atualmente presidida pelo brasileiro Rosenthal Calmon Alves.
Lindenberg Neto afirmou que o Google News não ajudava os meios de comunicação a aumentarem sua audiência, porque quando o Google ofertava as primeiras linhas do conteúdo, as possibilidades de os internautas lerem a história completa no link ainda reduziam bastante.
Em dezembro do ano de 2010, a Associação Nacional de Jornais e o Google haviam firmado um acordo, de forma que o buscador apenas mostrasse uma linha de cada notícia, como uma forma de atrair o leitor para o site da publicação, aumentando as audiências do portal.
Entretanto, de acordo com a ANJ, em fala durante a última Assembleia de Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), ocorrida na semana passada em São Paulo, este acordo não estaria garantindo o aumento nos acessos. A Associação acabou se transformando na primeira entidade de união dos jornais que realmente mobilizou os membros integrantes para uma saída em massa do serviço do Google News.