quinta-feira, abril 18, 2024
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Entidade informa que, em um ano, ao menos 165 moradores de rua brasileiros foram mortos

No período de abril do ano passado até a semana passada (5), 165 pessoas que vivem nas ruas foram mortas em todo o Brasil. O Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores (CNDDH) foi o responsável pela divulgação do dado, indicando que acontece pelo menos uma morte no período de dois dias.

De acordo com Karina Vieira Alves, coordenadora responsável do CNDDH, as investigações da polícia em 113 dos casos identificados não conseguiram avançar a ponto de conseguir identificar e responsabilizar alguém pelas mortes. Além das mortes, o Centro Nacional também tem registrado 35 tentativas de assassinato e diversos outros casos de lesão corporal.

Os números e a realidade

O serviço Disque 100 é mantido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A proposta é receber denúncias sobre atentados aos direitos humanos e só no ano passado, recebeu 453 denúncias ligadas à violência contra pessoas em situação de rua, entre eles estavam casos de tortura, violência sexual e discriminação.

Os estados com o maior índice de denúncias foram São Paulo, com 120, Paraná, com 55 e Minas Gerais e Distrito Federal com 33 denúncias. Apesar de serem números significativos, os índices não traduzem ainda a violência real que a população de rua sofre.

A coordenadora do CNDDH afirma que a maioria dos crimes acaba não sendo notificada, por isso a disparidade entre os números e a realidade. De acordo com Ivanilda Figueiredo, coordenadora geral da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, o controle foi feito apenas com base no número de denúncias para o Disque 100.

Numa reunião extraordinária do Comitê Intersetorial de Monitoramento da População em Situação de Rua, em Brasília, com a presença de diversos representantes de entidades de moradores de rua, foi apontado que a violência contra esta população tem crescido significativamente. Ainda segundo os representantes, os recentes casos de morte no DF e nos Mato Grosso do Sul não são casos específicos, só chegando ao conhecimento da mídia porque as famílias das vítimas estão brigando por providências.

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