quinta-feira, abril 25, 2024
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É preciso melhor qualidade do emprego, dizem centrais sindicais

Embora o Brasil tenha se diferenciado do clima mundial e criado novos postos de emprego mesmo com os problemas econômicos mundiais, agora os grandes impasses identificados estão relacionados à qualidade. A Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) fizeram uma avaliação que trouxe dados sobre a qualidade do emprego no país. As entidades analisaram dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que foram divulgados pelo Ministério do Trabalho ontem (16). Em fevereiro foram criados no país aproximadamente 150,6 mil empregos formais. Esse número é maior do que o registrado em janeiro que não passou de 118,9 mil. O resultado foi melhor do que de janeiro (118,9 mil), mas foi o menor dos últimos três anos para o período.

Houve também uma quantidade considerável de demissão, mas em seis dos oito setores pesquisados pelo Caged, observaram-se mais contratações do que demissões em fevereiro. O melhor desempenho ficou para a área de serviços que contratou 93.170 pessoas para ocupar postos de trabalho nas empresas do setor. Na seqüência aparece a construção civil e o setor de transformação, com 27 mil e 19 mil postos, respectivamente. Dois setores tiveram saldo negativo se comparadas às demissões com as contratações. É o caso da agricultura com 425 postos a menos que o número de admissões. O mesmo ocorreu no setor de comércio em que a diferença negativa foi de 6.645 empregos

O grande problema observado pelas entidades que analisaram a pesquisa é que falta qualidade nestes postos de trabalho. Segundo João Carlos Gonçalves, da Força Sindical, embora tenha aumentado o numero de empregos, não está aumentando também a sua qualidade. Na perspectiva de Gonçalves é preciso mais qualificação, investimento e salário principalmente na área industrial. Para Artur Henrique, presidente da CUT, o país se encontra numa posição privilegiada no mundo todo, mas mesmo assim não é possível estagnar a qualificação dos funcionários, pois a boa produção depende disso.

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