O cinema da América Latina tem seis curta metragens em exibição no Festival de Berlim, na Alemanha, um dos mais aclamados eventos do cinema mundial depois do Oscar. Países como o Brasil, Porto Rico, Cuba e Peru tem histórias que trazem a cultura e os problemas da rotina latina até as telas do cinema mundial. Dois filmes cubanos e um peruano vão competir com mais 20 candidatos aos Ursos de Ouro e Prata na mostra. Os três restantes estão sendo exibidos na seção Generation, para jovens e crianças.
Os filmes cubanos são “O Casarão” e “Um paraíso” e o peruano tem o título de “Só posso te mostrar a cor”. O diretor peruano, Fernando Vilchez, traz a história do conflito ambiental da cidade de Bagua, entre policiais e índios. Segundo ele, o Festival de Berlim serve para resgatar o problema esquecido no país e trazer à tona o que classifica como “grande problema da atualidade”: os conflitos ambientais.
“O Casarão” foi dirigido pela francesa Juliette Touin, e traz o drama de Yudi, uma jovem grávida com apenas 15 anos e que mora em uma das instituições em cuba, onde as futuras mães entram semanas antes do parto. Já “Um paraíso”, é da diretora inglesa Jayisha Patel. O curta mostra os suicídios em Cuba, com a história de uma família da localidade cubana de Granma, local onde muitas pessoas tiram as próprias vidas.
O representante brasileiro de curtas no festival é o “Eu não digo adeus, digo até logo” de Giuliana Monteiro, que conta a história de um menino que mora em um vilarejo e é apaixonado por caminhões.
O Festival
O Festival de Berlim, também conhecido como Berlinale, é considerado uma das maiores janelas mundiais para o lançamento de novos talentos, especialmente de direção. Além disso, Berlim abre oportunidades para filmes menos aclamados pelo público, que tiveram menos investimentos e apelo comercial. O evento acontece todos os anos, no mês de fevereiro.