sexta-feira, abril 26, 2024
HomeMundoCaso não seja reeleito, Sarkozy afirma que deixará a política francesa

Caso não seja reeleito, Sarkozy afirma que deixará a política francesa

O atual presidente da França, Nicolas Sarkozy, declarou ontem, quinta-feira (8), que irá brigar com todas as forças para conseguir a reeleição este, mas ainda revelou que caso seja derrotado no pleito que acontece de abril a maio, irá abandonar a política.

Faltam seis semanas para realização do primeiro turno e as pesquisa indicam que Sarkozy segue atrás do candidato socialista François Hollande. O conservador Sarkozy declarou que a falta de experiência do rival socialista nos cargos ministeriais e internacionais seria uma dificuldade em caso de crise econômica na Europa.

“Eu me preocupo quando olho o programa do candidato socialista … e me preocupo com sua escassez de experiência num período tão conturbado. Mas se o povo francês não botar fé em mim vocês realmente acham que eu continuaria na política? A resposta é não”, declarou o presidente em uma entrevista de rádio.

O resultado da última pesquisa realizada pelo instituto CSA indica que o candidato Hollande subiu de 28 para 30% nas intenções de voto, enquanto Sarkozy passou de 27 para 28% apenas. Na pesquisa que simula o segundo turno, Hollande continua a frente, vencendo por 56%, contra 44% do atual presidente.

Impacto na campanha

“Vou lutar com toda a minha força para ganhar a confiança de vocês, para protegê-los e liderá-los e construir uma França forte, mas se essa não for sua escolha, cederei, é assim que é, e terei tido uma grande vida na política”, declarou Sarkozy.

O presidente afirmou na terça-feira (6), durante um debate na televisão que durou três horas, que não está se deixando desanimar com o resultado das pesquisas, lembrando que uma de suas características é nunca desistir de um objetivo.

Entretanto, a imprensa francesa tem divulgado que a equipe de campanha de Sarkozy tem começado a duvidar do resultado positivo das tentativas do presidente de reverter a antipatia geral do povo contra sua personalidade, além da irritação nacional com os três anos de obstáculos econômicos enfrentados pelo país.

Nathalie Kosciusko-Morizet, a porta voz da campanha, foi bastante criticada, após ter sido incapaz de afirmar num programa de rádio o valor de uma passagem de metrô de Paris. Nathalie comentou durante esta semana seu sentimento de lástima pelo andamento da campanha, que segundo ela, tem enveredado por polêmicas inúteis.

LEIA TAMBÉM

Últimas Notícias