No terceiro dia do seu julgamento, Lindemberg Alves, de 25 anos, finalmente prestou depoimento sobre o assassinato de Elóa Pimentel. O interrogatório aconteceu na tarde desta quarta-feira (15), no Fórum de Santo André, São Paulo.
“Quero pedir perdão para a mãe dela em público, pois eu entendo a sua dor”, lamentou o acusado. De acordo com ele, o namoro com Eloá durou dois anos e três meses. O réu também afirmou ser muito próximo da família da vitima. É a primeira vez que Lindemberg fala sobre o caso, desde que foi preso em 2008.
Ele relatou que no dia em que o sequestro começou, não esperava encontrar Nayara, Iago e Victor, amigos de Elóa, no apartamento. Sobre o fato de estar armado, Lindemberg contou que andava com a arma porque estava recebendo ameaças de morte pelo telefone, seria então uma forma de garantir sua segurança.
Depoimentos anteriores
Na terça-feira (14), a defesa do réu dispensou o depoimento de Ana Cristina Pimentel, mãe da vitima. Hoje ela chegou ao local por volta do meio-dia, após ter passado mal pela manhã. Já Ronickson Pimentel, irmão mais velho de Eloá, disse em seu depoimento que Lindemberg é um mostro.
Na terça-feira (14), também houve uma discussão entre a juíza Milena Dias e a advogada de defesa de Lindemberg, Ana Lúcia Assad. No mesmo dia, o capitão do Gate Adriano Giovanini, garantiu que a invasão ao apartamento só aconteceu quando não havia mais jeito.
No primeiro dia de julgamento, Nayara, amiga da vitima que também foi feita refém depôs e contou detalhes sobre o modo frio e violento com que o acusado tratava Eloá. De acordo com ela, Lindemberg batia muito na vitima e passou o tempo todo com a arma na mão.