Em uma entrevista para a ARD da Alemanha, o presidente da Síria, Bashar al Assad afirma que não tem medo de ter o mesmo destino do presidente do Egito, Hosni Mubarak, que foi condenado a prisão perpétua, ou do ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, que foi morto após sua captura. Na entrevista, exibida neste domingo (8), Assad afirma que a Arábia Saudita, os Estados Unidos, o Qatar e a Turquia apoiam os terroristas que estão tentando acabar com seu governo.
O presidente da Síria disse também que somente ainda está no poder porque seu povo o apoia. Ele afirma que a maior parte daqueles que morreram, no levante que já dura mais de um ano, eram de pessoas que simpatizavam com seu governo. Assad afirma que, na lista de nomes que o governo possui, maior parte das pessoas foi assassinada por várias gangues.
Mortes pelo governo
Os ativistas, por sua vez, possuem listas com as datas e os nomes das pessoas que morreram, e afirmam que mais de 15 mil pessoas foram assassinadas por forças de Assad. Ao ser perguntado sobre se tinha medo de morrer como Kadhafi, Assad afirma que ninguém, não importa o que tenha feito, pode morrer de maneira tão bárbara como o ex-ditador da Líbia.
Já com Mubarak, ele afirma que é um julgamento para que os outros não façam o que ele fez. Assad afirma que para temer é preciso comparar, e o presidente da Síria afirma que sua situação é muito diferente da dos líderes citados. Assad diz que não sente medo, mas sim pena.