Nesta terça-feira a Apple anunciou as novas plataformas educativas da empresa. O objetivo é facilitar a vida dos professores e alunos de mais de 50 países nos aplicativos: iTunes U Course Manager e iTunes Textbooks. A primeira opção disponibiliza para os educadores diversas ferramentas para planejar planos de aula para os estudantes, além disso, o conteúdo também pode ser compartilhado. Já na segunda opção, dá as editoras e professores a possibilidade de criarem conteúdos mais dinâmicos, que facilitam o aprendizado. Mas o maior problema é que essas plataformas só podem ser usadas no iPad, e o produto ainda está fora do orçamento de muitas pessoas.
O vice presidente de Software e Serviços de Internet da Apple, Eddy Cue, falou em um comunicado que o conteúdo e as ferramentas disponíveis no tablete da empresa são incríveis, pois facilitam a vida dos professores com ferramentas diferenciadas para melhorar e personalizar as técnicas de ensino.
O aplicativo do iPad, o iBooks Textbooks, já permite que outros conteúdos sejam incluídos na plataforma, como por exemplo, interatividade nos livros educativos, ou seja, a participação de animações, diagramas em 3D, galeria de imagens, vídeos, além de outros. Mais de 25 mil títulos, que foram criados por instituições como Oxford University Press, Hoddr Education e Cambridge University Press, já estão disponíveis. Porém, a maioria dos livros estão em inglês, e cumprem aos currículos de países como Reino Unido e Estados Unidos.
Já com o iTunes U Course Manager, os educadores têm a possibilidade de criar novos cursos e compartilhá-los com os estudantes de forma automática, ou ainda disponibilizá-los pela própria plataforma com outros professores.
As ferramentas não param de receber elogios da imprensa especializada, porém, em um recente artigo da famosa revista “Times”, o potencial das plataformas da Apple foram questionadas. Isto porque, de acordo com a publicação, a maior barreira é o preço do iPad, que é muito elevado para os padrões americanos.
Ainda segundo o artigo, é muito perigoso colocar um aparelho de US$ 500 nas mãos de um estudante, pois o aparelho pode ser arranhado, quebrado e até roubado. E, além disso, comprar outro livro sai muito mais em conta do que ficar comprando vários tablets.