Segundo reportagem publicada nesta sexta –feira (2) pela Folha de S. Paulo, foi necessária uma intervenção direta do Palácio dos Bandeirantes para que houvesse adiamento das prévias do PSDB para o dia 25 de março. Alckmin negociou com a executiva municipal do PSDB de São Paulo para que o ex-governador José Serra (PSDB) pudesse ter mais tempo para se preparar para as prévias do partido.
Segundo a reportagem, na véspera da votação, houve um acordo para que o adiamento fosse de apenas uma semana. A votação interna que seria no dia 4 de março seria transferida para o dia 11 como queriam os demais pré-candidatos do partido. No entanto, pessoas ligadas ao governador Geraldo Alckmin e aliados de Serra passaram a se manifestar, pedindo uma prorrogação maior, com o objetivo de dar mais tempo a Serra.
Acreditavam que, sem uma prorrogação mais extensa, o ex-governador corria risco de perder a disputa interna entre os tucanos. Antes da votação sobre a nova data, o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, determinou a alguns membros que votassem pelo dia 25. Com isso a data foi aprovada por 10 votos a 8.
Executiva municipal determinou a data das prévias
O adiamento das prévias aconteceu no dia 28 de fevereiro durante uma reunião da executiva municipal que terminou em confusão entre os membros. A inscrição de Serra foi tomada por unanimidade, mas o que gerou discussão foi a nova data da prévia. Quarta-feira, durante entrevista, Serra admitiu a possibilidade de participar de debates com os outros pré-candidatos, já que estes pediram que a executiva determinasse dois debates até final de março.
Em carta divulgada na quarta-feira Ricardo Tripoli e José Aníbal pediram a realização de dois debates com Serra antes das prévias. Em entrevista Serra defendeu as prévias no dia 25 e disse que esse adiamento aconteceu para que ele tivesse tempo para fazer contato com seus apoiadores.